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O Olhar de Dalila Gonçalves - Coleção RAR 2016 Enquadrar, escolher, descontextualizar, recontextualizar, editar, compor, reciclar, narrar, fragmentar, seriar; Dalila Gonçalves declina vários verbos nas suas criações, devolvendo-nos uma narrativa plástica que se ancora no documental (as séries fotográficas), na ficção (a incursão numismática) e na composição (a série escultórica). O seu olhar obriga-nos a uma leitura onde a estranheza coabita com a evidência desviante. Estranheza que resulta de uma apropriação direta e praticamente inviolada da realidade dos materiais (restos) industriais com os quais cria as suas esculturas, e evidência desviante na micro-história dentro da história que reinventa nas imagens das moedas e no modo como o carácter serial das vistas fotográficas nos remetem para uma quase abstração da natureza construída enquanto objeto de representação.
|  | O Olhar de Miguel Palma - Coleção RAR 2015 A resposta de Miguel Palma ao desafio do projeto “Um olhar sobre a RAR” não poderia deixar de se caracterizar por uma espécie de excesso que tanto o define: entusiasmado com a profusão de imagens sugeridas pelas visitas que realizou às fábricas e locais de produção do Grupo RAR, acabou por produzir um número considerável de obras que tanto remetem para um aproveitamento literal de peças e dispositivos encontrados nesses locais, como para visões alegóricas de modos de produção estranhos, lúdicos e diagramaticamente indicativos de índices de sustentabilidade almejados. As inúmeras obras produzidas foram posteriormente fotografadas pela fotógrafa Rita Burmester, o que permitiu ao autor criar aquele que seria o produto final entregue ao encomendador: um surpreendente e imponente livro de artista com desenhos em sobreposição às referidas fotografias, assim veiculando uma certeira ideia da extensão do trabalho entretanto realizado. (Miguel von Hafe Pérez) |

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| 15 Anos do Projeto "Um Olhar Sobre a RAR" Para comemorar os 15 anos do projeto “Um Olhar sobre a RAR", na brochura do Relatório e Contas de 2014 são revisitadas obras produzidas por todos os artistas convidados e, como forma de ilustrar o percurso do projeto e de dar a conhecer um grupo de empresas com mais de meio século de existência, mas que se sente “confortável na contemporaneidade”, foi criado o site umolharsobrea.rar.com
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| O Olhar de Carlos Lobo - Coleção RAR 2013 Nas imagens de Carlos Lobo regista-se uma atenção aos elementos compositivos, em planos extremamente depurados e silenciosos, evidenciando pormenores que se tornam estruturais: uma cor, a presença humana, maquinaria ou objetos banais. Essa capacidade peculiar de partir de formas para recriar ambientes que de certo modo se tornam abstratos sublinha o trânsito entre uma situação quase documental e a exploração estética que o autor manipula com rigor. (Marta Moreira de Almeida) |
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| O Olhar de Francisco Queirós - Coleção RAR 2012 A relação que os artistas convidados para o projeto "Um Olhar sore a RAR" estabelecem com o universo que lhes é apresentado tem vindo a diferir substancialmente. O impacto do confronto com o universo da RAR traduz-se de modo muito variado, mais direto e com base neo-documental no caso da fotografia, mais aberto ao campo da imaginação e especulação conceptual no caso de outras disciplinas. Francisco Queirós inscreve-se no segundo caso. Autor de uma obra referencial no contexto da arte portuguesa mais recente, os seus vídeos e instalações marcaram um território onde o humor e a crueldade se cruzam da desestruturação de narrativas infantis ou na construção de universos estranhos onde a sedução visual se vê implodida por desvios de sentido meticulosamente manipulados. (Marta Moreira de Almeida)
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| O Olhar de João Marçal - Coleção RAR 2011 João Marçal é um artista que recorre com assiduidade aos paradigmas da modernidade e aos seus protagonistas para recriar obras que assim se afirmam como comentários ao suposto esgotamento de fórmulas como a abstração ou o minimalismo. No caso dos trabalhos agora apresentados, este diálogo evidencia-se pelo tipo de linguagem utilizada, principalmente a abstração, e pela imediata descoberta de elementos gráficos que compõem o universo visual das várias empresas do Grupo RAR. (Marta Moreira de Almeida)
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| O Olhar de Maria Condado - Coleção RAR 2010 As pinturas de Maria Condado caracterizam-se por uma assumida estruturação do campo da imagem, onde a figuração se desenvolve num primeiro plano a partir do qual uma linha do horizonte se abre para céus tendencialmente monocromáticos, ainda que texturalmente ricos e trabalhados. O que ela plasma nas composições agora apresentadas é uma visão que joga lúdica e livremente com a ideia de um mundo sustentável e equilibrado. (Marta Moreira de Almeida)
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| O Olhar de Francisco Vidal - Coleção RAR 2009 O olhar de Francisco Vidal recaiu, de forma indiscriminada em termos de importância ou estatuto dentro da RAR, sobre as pessoas que aí trabalham. O número de retratos realizados num período de trabalho curto, mas extraordinariamente intenso, remete para uma realidade que não a da pintura a óleo, mas mais para uma sessão fotográfica, para a captação mecânica da realidade. Impressionante é o modo como o autor consegue captar, por meios relativamente básicos e semi-instantâneos, a profundidade fisiognomónica destes personagens. (Miguel von Hafe Pérez)
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| O Olhar de Mafalda Santos - Coleção RAR 2008 No trabalho de Mafalda Santos somos frequentemente confrontados com situações que apontam para desvios perceptivos onde o trânsito entre disciplinas artísticas e pressupostos conceptuais se intersectam. Em vez de se fixar em meios estabelecidos, como a pintura e a escultura, a artista tem vindo a priviligiar intervenções site-specific, onde o próprio espaço de exposição se torna suporte para obras mais ou menos efémeras. (Miguel von Hafe Pérez)
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| O Olhar de Carla Filipe - Coleção RAR 2007 Carla Filipe é uma das artistas mais singulares do atual panorama artístico português. Distante do formalismo conveniente que percorre despusoradamente uma parte importante da criação contemporânea, a artista tem vindo a desenvolver uma prática ancorada no desenho, onde reminiscências várias sustentam projetos visual e conceptualmente sólidos. Ainda que também trabalhe diretamente no espaço e em obras tridimensionais, o desenho, como se disse, é o seu terreno mais familiar. Aí cruza-se a escrita, numa espécie de fluxo de consciência ininterrupto, e o deselho propriamente dito. (Miguel von Hafe Pérez)
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| O Olhar de André Cepeda - Coleção RAR 2006 Convidado a propor um olhar inédito sobre o universo empresarial da RAR, André Cepeda devolve-nos um olhar que esculpe formas e manipula a luz de forma cirúrgica, resgatando, nas suas fotografias, o banal da sua contingência efémera, para o tornar significante no fluxo das pequenas percepções do dia a dia. (Miguel von Hafe Pérez) Nascido em Coimbra em 1976, está representado em diversas coleções em Portugal e em Bruxelas.
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| O Olhar de Carlos Correia - Coleção RAR 2005 As pinturas que Carlos Correia realizou a propósito do universo RAR em 2005 remetem para um ponto paradoxalmente indefinido na sua configuração. São imagens despidas de tempo, onde o concurso do real e do efetivamente representado se dilui, em composições que inteligentemente se esquivam do anedótico para encontrar, no mais simples e banal detalhe, uma estranha monumentalidade. (Miguel von Hafe Pérez)
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| O Olhar de João Pedro Vale - Coleção RAR 2004 João Pedro Vale apresentou-nos, em 2004, o seu "Mundo RAR". Um trabalho em dois conceitos e em dois tempos distintos - o próprio processo da sua construção e o trabalho final. No processo, o artista documenta o modo como se apropria de elementos oriundos das empresas do Grupo para construir edifícios, barcos ou camiões. Numa segunda fase, a da construção, nascem as maquetes que representam uma cidade, um aeroporto ou um porto marítimo. (Miguel von Hafe Pérez)
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| O Olhar de Filipa César - Coleção RAR 2003 Em 2003, foi Filipa César que olhou a RAR através da sua câmara, tendo produzido, especificamente para este projecto, uma obra que materializou em vídeo. A jovem artista, que tem vindo a consolidar a sua carreira a partir do estrangeiro, apresentou , no seu trabalho intitulado RAR Work, uma sequência de imagens dos inúmeros locais de trabalho associados com a RAR, numa ?admirável coreografia de imagens e sons que retiram da plasticidade dos movimentos captados e da escolha criteriosa dos planos um poder de sedução dos sentidos absolutamente impar". (Miguel von Hafe Pérez)
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| O Olhar de Arlindo Silva - Coleção RAR 2002 O jovem Arlindo Silva, aceitou o desafio que lhe foi lançado e deu a conhecer a sua "interpretação" do Grupo no Relatório e Contas de 2002 em pequenas telas executadas a óleo, num conjunto que designou por ?holding? - "... objetos que apetece tocar e manusear, isto é, de verificar o modo tão persuasivo de se conseguir instaurar uma fratura entre aquilo que é representado, que tanto pode ser um minúsculo cubo de açúcar, como o infinito de um céu trespassado por um avião, e a sua inesperada concretização." (Miguel von Hafe Pérez).
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| O Olhar de Nuno Cera - Coleção RAR2001 Em 2001 a aposta caiu em Nuno Cera, que "faz parte de um grupo de jovens autores que tem vindo a ser responsável pela transformação da fotografia em Portugal" (Miguel von Hafe Pérez). Ao longo das páginas do Relatório e Contas 2001 Nuno Cera transporta-nos, com as suas imagens, a fragmentos da realidade que nos escapam no dia-a-dia.
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| O Olhar de Baltazar Torres - Coleção RAR 2000 Em 2000, foi a vez de Baltazar Torres - uma das presenças mais interessantes no contexto da arte portuguesa atual - criar um conjunto de obras onde facilmente se reconhecem elementos associáveis ao universo empresarial, tendo sido acolhidos no Relatório e Contas vários fragmentos e detalhes desses trabalhos - alguns ainda na sua fase de acabamento. (Miguel von Hafe Pérez)
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| O Olhar de José Maçãs de Carvalho - Coleção RAR 1999 No arranque do Projecto (1999) José Maçãs de Carvalho criou, através da impressão de imagens captadas em vídeo, uma série de obras com uma dimensão quase abstrata e que nos remetem para um mundo onde fatores como a minuciosidade, a precisão e o rigor da RAR, estão claramente evidenciados. (Miguel von Hafe Pérez)
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